Maternidade Compassiva: Um Olhar Sobre a Jornada de Ser Mãe
- Tainar Undália

- 12 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Ser mãe é, sem dúvida, uma das experiências mais profundas e transformadoras da minha vida. Mas, junto com o amor imenso que sinto pelos meus filhos, também vem uma série de desafios que, muitas vezes, parecem maiores do que eu. Aprendi ao longo dessa jornada que, para navegar pelo mundo da maternidade, a compaixão – não apenas para com meus filhos, mas também para comigo mesma – é essencial.

Nos dias mais corridos, quando as demandas parecem infinitas e o cansaço aperta, é fácil cair na armadilha da autocrítica. Por que não consigo ser mais paciente? Será que estou sendo uma boa mãe? Essas perguntas ecoam na mente, especialmente quando as coisas não saem como planejado. Mas foi aí que a maternidade compassiva entrou na minha vida como um bálsamo.
A maternidade compassiva, para mim, começa com a aceitação de que não sou perfeita – e tudo bem. Há dias em que eu acerto, e dias em que erro. E nesses momentos de erro, em vez de me punir, procuro lembrar que estou fazendo o meu melhor, com o que tenho, no momento. Aprendi que ser compassiva comigo mesma é fundamental para poder ser compassiva com meus filhos.
Na minha vida diária, isso se traduz em pequenas atitudes. Como quando meu filho mais novo acorda no meio da noite assustado, e eu, mesmo exausta, me permito estar presente, segurando sua mão até que ele se acalme. Ou quando, em meio a uma birra, eu respiro fundo e tento entender o que está por trás daquele comportamento, em vez de reagir com impaciência.
Mas a compaixão não é apenas sobre os momentos difíceis. Ela também está presente nas pequenas celebrações diárias – como quando faço questão de parar o que estou fazendo para ouvir aquela história que minha filha já contou três vezes, mas que, para ela, ainda é a mais importante do mundo. Ou quando escolho deixar a louça na pia por um tempo a mais para brincar de pega-pega na sala. Esses são os momentos em que a maternidade se torna leve, em que me conecto de verdade com meus filhos, e que me lembram o porquê de todo o esforço.
E então, há os momentos de compaixão por mim mesma, que são igualmente importantes. Como mãe, é fácil cair na armadilha de colocar as necessidades dos outros sempre à frente das minhas. Mas aprendi que para cuidar bem deles, eu preciso também me cuidar. Isso significa reservar um tempo para mim, mesmo que seja só para tomar um café em silêncio ou ler algumas páginas de um livro. Esses pequenos gestos de autocuidado são o que me recarregam, me mantendo presente e capaz de oferecer o melhor de mim para os meus filhos.
A maternidade compassiva me ensinou que ser mãe não é sobre acertar sempre, mas sobre estar disposta a aprender, a perdoar – a mim mesma e aos meus filhos – e a amar incondicionalmente. É um processo contínuo de crescimento e aceitação, onde cada dia traz uma nova oportunidade de praticar a compaixão.
Então, se pudesse compartilhar um pensamento com outras mães, seria este: seja gentil consigo mesma. Entenda que a maternidade é uma jornada repleta de altos e baixos, e que, no final das contas, o que realmente importa não é ser perfeita, mas ser presente, amorosa e compassiva – tanto com seus filhos quanto consigo mesma.
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